domingo, 30 de janeiro de 2011

O mundo é de quem tem CORAGEM.

O que escrevo a seguir é um discurso para mim mesmo.
O que é prever o futuro, senão fabricá-lo com as próprias mãos?

Prever o futuro é moldá-lo com
atitudes, inspiradas nos mais ousados sonhos. Não consigo lembrar de
cabeça o nome de alguém que realizou seus sonhos sem ter, para isso,
passado por todo tipo de obstáculos. E eu me encontro frente a uma
antiga muralha que há anos se coloca em meu caminho. Paredes
escorregadias de limo que não se deixam ser escaladas. Obstáculo. O que
há do outro lado? Não sei. Mas não é do meu feitio ficar aqui, parado.
Digo isso porque há muito tempo conclui que não existe nada mais valioso
do que um objetivo em mente. Um sonho, por que não? O sonho nada mais é
do que uma realidade que pode assumir qualquer tamanho e forma que a
gente conseguir imaginar. Se meus pensamentos conceberem uma jornada sem
fim, sem objetivo aparente, ou até mesmo sem sentido, seria uma grande
auto-traição não realizá-la. Não fomos dotados da capacidade de sonhar
por acaso. Use-a. Sejamos maiores. Tenhamos CORAGEM. Escrevo em
maiúsculas por acreditar que essa é a única palavra que precisa
realmente ficar nos olhos de quem está lendo isso. É uma luta em que
ninguém vai entrar no ringue pela gente. NINGUÉM. Depender apenas dos
próprios punhos é assustador, mas a cada obstáculo transposto, a gente
aprende que – sempre – pode mais. O sangue que deixarmos espirrar será
lembrança eterna do quão longe chegamos.

Eu sei qual é o meu futuro. Cabe a mim construí-lo.

A dor no peito daqueles que tiveram medo é infinitamente maior que a dor de quem tentou e caiu.

Enfim…


Lucas Silveira  :)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Almas perfumadas



Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração. Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.


Ana Cláudia Saldanha Jácomo